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Banco
Itaú Unibanco tem mais de 3700 colaboradores PCD's
Por Amanda Alether
16 julho, 2021
O Unibanco foi criado em 1929. Já o Itaú surgiu pouco depois, no ano de 1943. Em 2008, aconteceu a fusão histórica das duas instituições financeiras. Hoje, o Itaú Unibanco tem mais de 4300 agências e postos de atendimentos espalhados por todo Brasil.
Foto: Divulgação/ Itaú Unibanco
Atualmente, o Itaú conta com mais de 3700 profissionais PCD's no quadro de funcionários. São 60,55% deficientes físicos, 16% visuais, 9% auditivos, 13% reabilitados do INSS e 1,45% intelectuais, de acordo com a diretora de Recursos Humanos da empresa Valéria Marretto. ''Há pessoas com deficiência em todas as diretorias, em especial na de Varejo (agências) e Operações'', garantiu.
A companhia tem profissionais com diversos graus de deficiências e que requerem diferentes adaptações. ''Entre os colaboradores com deficiência visual, muitos utilizam algum leitor de tela e, entre as pessoas com deficiência auditiva, algumas são surdas usuárias de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais)''.
O Itaú Unibanco possui uma área destinada a diversidade e inclusão que oferece aos colaboradores com deficiência suporte para deixar o ambiente de trabalho acessível. ''Quando uma nova necessidade surge, nossa equipe avalia as melhores formas de solução, orienta colaboradores e gestores, contrata novos serviços (como libras e legendagem), homologa novas tecnologias assistivas e o que mais for necessário'', afirmou.
Para o Analista Sênior de Operações de Câmbio Rodolfo Cadamuro, que tem deficiência visual, as adaptações foram essenciais para exercer suas atividades.
''Como tenho baixa visão solicitei um monitor de 21 polegadas para poder enxergar a tela de forma adequada. Além disso utilizo mais duas ferramentas: a lupa do Windows para ampliar gráficos, imagens e boards virtuais e o NVDA, uma ferramenta que lê em voz altas os elementos que aparecem na tela como páginas da web, planilhas, documentos, apresentações, etc'', disse.
A instituição financeira não faz distinção salarial entre colaboradores com e sem deficiência. ''Os salários são regulados por cargo, nível e função, e não pela característica da pessoa que ocupa esse cargo'', garantiu Valéria.
Os colaboradores do Itaú tem diversos treinamentos ao longo da carreira na empresa. ''De maneira geral, os treinamentos obrigatórios são os mesmos para pessoas com e sem deficiência. Existem treinamentos facultativos, complementares ou, ainda, criados para atender necessidades específicas'', disse Valéria.
Rodolfo já participou de duas mentorias oferecidas pela companhia. Na primeira, foi mostrado como preconceitos e julgamentos gerados de forma inconsciente impacta as pessoas com deficiência; e a segunda, exibiu ferramentas digitais internacionais que proporcionam acessibilidade na web.
O Analista, que deseja fazer mais cursos, sugere uma capacitação para a empresa. ''Gostaria de ter um treinamento/workshop focado no desenvolvimento de habilidades interpessoais de liderança para pessoas com deficiência, de acordo com as especificidades de cada grupo''.
Oportunidade
Rodolfo tem 28 anos e trabalha no Itaú há 1 ano e cinco meses. O profissional iniciou no banco por meio do Programa de Trainee. ''Foi uma grande oportunidade de conhecer pessoas incríveis, aprender e me desenvolver'', contou.
Durante 12 meses, Rodolfo passou por três etapas até garantir sua vaga. Na primeira, foi apresentada a cultura organizacional do banco para os participantes. Além disso, houveram treinamentos profissionalizantes e voltados a inclusão.
Na segunda fase, os trainees saíram da zona de conforto e realizaram atividades em diferentes setores da empresa. ''A cada rotação havia um desafio a ser resolvido! No geral encontrei oportunidades de melhoria de processos, redução de desperdícios, construção de indicadores e ações culturais para engajar pessoas nas mudanças que o banco está precisando'', disse.
E, finalmente, os participantes puderam escolher a área que queriam no banco. ''Foi aqui que conheci a área de câmbio do Itaú, onde decidi ficar''.
Por mais inclusão
Rodolfo carrega ainda uma marca importante para o processo de inclusão e diversidade dentro do Itaú. ''Fui a primeira pessoa com deficiência a ser aprovada nesse processo (Programa de Trainee)''. E completa, ''e sinceramente acredito que muitas outras terão essa oportunidade!''.
Pergunta para o Itaú Unibanco
A chamada “Lei de Cotas”, infere em empresas com mais de 100 funcionários que empregue pelo menos 2% de PCDs. Caso a Lei não fosse aplicada mais, a empresa continuaria mantendo as pessoas com deficiência em seu quadro de funcionários?
R: Sim, pois esses colaboradores são contratados pelas suas competências e capacidade de executar as atividades exigidas em suas funções. (Valéria Marretto, diretora de Recursos Humanos do Itaú Unibanco)
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